terça-feira, 16 de dezembro de 2008

O que fazer quando perder é diferente de esquecer?

Há uma linha muito tênue entre o que se vê e o que se sente.

Com as pernas trêmulas, ignorando todo o fato de que minha atitude era inútil, eu o segui. O sinal de sua passagem, pela minha vida, desapareceu de imediato. Não havia pegadas, as folhas estavam imóveis de novo, mas avancei sem pensar. Não podia agir de outro modo. Precisava continuar em movimento. Se parasse de procurar, estaria tudo acabado.
O amor, a vida, o significado... Acabados.

Andei e andei. O tempo não fazia sentindo enquanto eu avançava, perdida por esses caminhos.
Passavam-se horas, mas na verdade eram apenas segundos. Talvez eu tivesse a impressão de que o tempo congelara, porque tudo ao meu redor parecia o mesmo, independente do quanto eu estava me distanciando.

Comecei a me perguntar se estaria andando em círculos, mas mesmo assim continuei andando. Tropecei várias vezes e, à medida que o dia escurecia, caí muitas vezes também.
Alguém gritava o meu nome. Era um som abafado, amortecido. Não conseguia reconhecer a voz, pensava em atender o chamado, mas estava confusa e precisei de um tempo para perceber que deveria responder.

Me perdi num devaneio sem pensamentos, prendendo-me com todas as forças na dormência que me impedia de perceber o que eu queria. Tudo me incomodava um pouco, era tudo frio e eu tentei esconder o rosto com os braços.

Foi ai que eu ouvi o chamado novamente, e dessa vez não era apenas uma voz e sim várias. Acordei então, e estava em outro lugar. Perguntei-me se devia sentir medo, mas não senti, não importava mais.

No início era só uma luz, um brilho fraco e distante. Ai foi se tornando mais forte, iluminando um grande espaço ao meu redor. A luz atravessou muito mais que o lugar iluminado, atravessou a minha alma. E no final essa claridade me cegou por um momento.

Foi ai que eu percebi que mesmo assim o tempo passa. Mesmo quando isso parece impossível. Mesmo quando cada batida do ponteiro dos segundos dói como o sangue pulsando sob um hematoma. Passa de modo inconstante, com guinadas estranhas e calmarias arrastadas, mas passa. Até pra mim...

10 comentários:

Renan B. disse...

ótimo blog (:
parabéeens!

Cerveja disse...

ae vale apena ler muito bom :D

Unknown disse...

Muito bem escrito, vc é uma artista!
beijos

Unknown disse...

Os dias parecem séculos, ou segundos, quando andamos em círculos, a sega de ideais rídiculos, para viver, amar e morrer.Os dias parecem séculos ou segundos, cada vez mais iguais aos outros, cada vez mais sorrissos em fotos idiotas, cada vez mais viver nos deixa loucos.

Guilherme Bandeira disse...

Você não estava no blog acima do meu para comentar, mas fiquei curioso e aqui estou....rs...muito maneiro o blog...parabéns.

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Guilherme Bandeira disse...

Já estu acompanhando seu blog também...valeu pela e visita e volte sempre que puder...valeu!

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Laís Fortaleza disse...

pow muito bomm o blog.tambem gostei do teu.. vou add tb. bjs.

Ed Anjos disse...

Muito bom, BRAAVOO o/

Ed Anjos disse...

seei bem amada.
vô acompanhar tb, sempre estarei por aqui.
beijo ;*

Anônimo disse...

Hallo!! :]
Ich wollte nur sagen dass dein Blog sehr gut ist!! Sowas hatte ich nicht gedachte, weißt du?
Ich habe dich liebe! :*