quarta-feira, 6 de maio de 2009

ARQUITETURA NO ESPAÇO

A arquitetura é uma arte criadora de estímulos imprevisíveis, satisfazendo necessidades e despertando novas idéias. Não são apenas formas, cores e texturas, mas sim um reflexo do contexto no qual está inserida. É um modo de vida onde se cria uma interação muito intensa, capaz de desenvolver a sensibilidade e estimular a criatividade.
É preciso entender o movimento no seu entorno, as forças que geram harmonia e perceber o limite entre o espaço e a instabilidade do corpo humano.
A interação entre o publico e o privado, a racionalização dos espaços enclausurados e o medo que se torna cada vez mais solidificado em muralhas e ‘paredões’ representa o primeiro passo para estabelecer novos padrões e despertar vislumbres construtivos em um mar de criatividade.
O arquiteto busca condições para criar uma nova história, mas é preciso encontrar a relação corpo/mente e os espaços nas cidades. Torna-se prioridade interagir com seus usuários e permitir que sua construção seja ininterrupta, buscando ambientes mutáveis de acordo com as necessidades do cotidiano.
Afinal a cidade é muito mais do que os olhos podem ver, é cada instante, um misto de percepção visual e auditiva, um cenário ou apenas algo esperando para ser vivenciado. Nada está isolado, é um pequeno detalhe em meio ao todo que interage com nossas lembranças e sensações.
As pessoas e as suas atividades tornam-se os elementos móveis, tão essenciais quanto à arquitetura. Não somos meros observadores, mas sim parte importante desse contexto. A imagem da cidade é uma combinação de todos os nossos sentidos, mas na maioria das vezes nossa percepção é ainda muito parcial.
Retornamos para o real significado da permanência em um lugar, a importância em ter o prazer de se sentir em casa, mesmo no âmbito público. Exercitar a utopia fecundando o espaço público e o privado em um legítimo e inventivo objeto de estudo tanto para a arquitetura contemporânea quanto para a sociedade que dela desfruta.