quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Sem Lembranças

O céu agora é negro
Dia já é noite
Quem um dia viu só enxerga a escuridão.
A busca constante pelo que vai matar essa ânsia
É um corpo que vaga, sem sentir os prazeres
Vive sem o gosto, o cheiro, as cores
Sem alma, nem vida
E essa escuridão tem um nome?
É como estar dividido em pedaços
Espalhado mundo a fora
Um querer aquilo que nem se conhece
Parece tão distante
Atravessar aquela porta que ninguém teve coragem
Crença que já é descrença abstrata
Apaga tudo da mente
Salta do andar mais alto
No meio da selva de pedra
E quando tocar o chão... terá inúmeras pessoas ao teu redor
Enfim alguém irá notar
Nem que seja por alguns instantes
Não te preocupe, logo passa
A dor se vai
O sangue já parou, o ar não enche mais os pulmões
A pulsação parou
Acabou de vez
E será que valeu a pena?
Tudo isso apenas pela fama de segundos
Toda uma vida pra alguém te notar
E apenas na maior fraqueza encontrou o que queria
Mas o tempo se vai, e leva tudo.
As lembranças, a juventude e até as esperanças.
Não há como voltar naquele dia
Se pudesse teria olhado mais nos olhos
Teria dito menos e escutado mais
Feito mais e pensado menos
Esquece isso...não adianta mais
O manto negro já cobriu tudo
E é hora de acordar.

Um comentário:

. Tom . disse...

Seria tudo uma questão de escolhas, ou seria uma eterna busca pela atenção ??

brilho eterno de uma mente sem lembranças...

que dor esse teu texto